Como escapar da própria cabeça!?
Muitas pessoas devem cair de rir com este título do primeiro texto que publico no ano de 2019!
Por tantos anos estou ensinando músicos como encontrar o topo da sua cabeça, como incluir a percepção da sua cabeça na hora do contato com o seu instrumento e aprender a se sensibilizar sobre as mudanças constantes do equilíbrio entre cabeça e coluna. Pode ler mais sobre isso clicando aqui.
Pois bem, refletindo sobre os conceitos e atividades que exploraremos no Workshop de Consciência Corporal para Músicos nesse sábado dia 23 de Fevereiro, a pergunta que fica girando na minha cabeça igual pernilongo que não desiste é
O que impede a nossa excelência como músicos?
Sim, a percepção física de onde está a minha cabeça é um elemento crucial no processo de revelar a postura natural e o movimento otimizado do meu corpo na hora da pratica musical e em qualquer atividade no dia-a-dia. Porém, em toda a minha experiência trabalhando com performers, instrumentistas e cantores de todos os estilos, nunca encontrei benefício no engajamento com os pensamentos – isto é ficar seguindo e dialogando com pensamentos que surgem espontaneamente na sua cabeça. As vezes são pensamentos inocentes, como “será que a peça está pronta?’ (pensamento que não acrescenta nada na minha vida uma hora antes de sair no palco), outras bem loucos “será que o público vai gostar de me ouvir?” (questão fora do meu controle – pensamento inútil) e na maioria das vezes labirintos mentais em realidades paralelas inexistentes – “tal pessoa vai sentar bem na fileira da frente só para eu ficar mais nervosa!” (sem comentários…)
Pensamentos surgem do nada e vão embora do nada. Não temos controle nenhum sobre isso. Temos sim um certo controle em como respondemos a eles. Nossos pensamentos não precisam ter um significado ou o peso que costumamos dar. Se você tem uma performance para amanhã sabe que é bem possível que pensamentos da série ‘o que pode dar errado’ ficam mais frequentes e mais carregados. Isso é normal e não significa nada. Posso reconhecer o pensamento, reconhecer as emoções ligadas a ele e mergulhar de voltar para a minha vida, até que organicamente um outro pensamento vem, outras emoções e assim por diante.
Então, é isso que pretendo explorar com a turma do Workshop de sábado, e também nos laboratórios da nossa Academia CCPM e curso de Formação CCPM este ano:
Como encontrar sua cabeça na hora do fazer musical, e logo mais, escapar dela!
O convite está sempre aberto!
Venha se juntar a nós!